então as pérolas vieram parar-te às mãos, foi?
Que bom! basta agora que saibas cuidá-las como merecem!
Se as tratares bem poderás usufruir do seu esplendor máximo, caso não, tê-las-às porventura, mas baças, sem vida.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
ao sabor do vento
Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte,
varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte,
varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
amo-te vida
Vivo num mundo simples,
rodeada de coisas belas,
ladeada por pessoas diferentes,
bafejada por pensamentos prateados
acarinhada por sentimentos profundos
invadida por sorrisos cintilantes
imersa em ti... vida que és sol e lua e tudo mais!
rodeada de coisas belas,
ladeada por pessoas diferentes,
bafejada por pensamentos prateados
acarinhada por sentimentos profundos
invadida por sorrisos cintilantes
imersa em ti... vida que és sol e lua e tudo mais!
"desregrar"
Já temos tanto trabalho para aboliar as regras que nos são impostas... que se pergunta:
Então para quê arranjar outras que as substituam?
Então para quê arranjar outras que as substituam?
open mind
O preconceito é enganador para quem o sente.
Torna o ser humano pequeno, quando simultaneamente o faz crer que é maior que os outros!
Como é bom ser grande... que asas criamos, que medos perdemos, que vida cheia ganhamos... Se eles, os preconceituosos, soubessem lavavam-se com água do mar e esfregavam-se com areia até perderem a pele que os cobre para dar lugar a uma outra, bem mais leve e luminosa...
quinta-feira, 5 de junho de 2008
sofrimento em demasia é tolice
A dor tem de existir e cooabitar connosco... o sofrimento não.
Esse é apenas uma escolha. Deve aparecer de vez em quando mas durar pouco em cada momento das nossas vidas.
Esse é apenas uma escolha. Deve aparecer de vez em quando mas durar pouco em cada momento das nossas vidas.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
fábula:-)
Era uma vez um pássaro azul e branco, com uma asinha ferida, que voava timidamente por uma enorme floresta, cheia de lagos, carros de mula e árvores. Um dia ao passar pela árvore mais alta do bosque ouviu o canto de uma bela e formosa cigarra.
Aproximou-se para ouvir o seu cantar. Era doce e hipnotizante e o pequeno pássaro deixou-se ficar inebriado. A cigarra parecia feliz, e com um enorme sorriso na cara convidou-o para subir à sua árvore. Passaram o dia juntos. Cantaram as canções da cigarra, riram das histórias e aventuras do passarinho e tornaram-se muito cúmplices. Tão cúmplices que a cigarra cuidou da asinha ferida do pássaro, com o seu jeitinho muito especial.
À noite quando a lua apareceu redonda e cheia no céu beijaram-se, contaram estrelas, abraçaram-se para suportar o frio da escuridão nocturna e fizeram promessas de amor.
Na manhã seguinte pareciam duas criaturas saídas de uma história de encantar. Ambos pareciam cobertos por um manto mágico e intransponível… a natureza havia-os brindado com o mais belo de si: o amor!
O pássaro azul e branco passou a visitar a cigarra todos os dias. E ela abria as asas de par em par para o receber. Ele levava-lhe presentes que pedia com jeitinho à floresta: pinhas, flores, raízes… e outras delicias mais. A cigarra sentia-se feliz. O pássaro também. E a sua asa ficava melhor a cada hora que passava.
Um dia, num desses dias de imensa felicidade, o pássaro chegou à árvore da cigarra. Levava consigo uma mochila preparada para uma grande viagem… tinha tudo pronto. Tinha planos. Queria levar a cigarra a conhecer outras florestas. A cigarra ouviu o desafio e sorriu, mas em seguida chorou… não podia ir… tinha atada à perna uma corrente fininha de ouro, que a prendia aquela árvore e que a impedia de sair dali.
O pássaro ao ver aquilo vacilou, mas recompondo-se mostrou-se forte o suficiente para partir o atilho dourado. Arranjariam uma solução, ele tinha a certeza.
Mas a cigarra, olhando para a perna presa contou-lhe a sua história. Disse-lhe que numa altura de grande fome e frio, uma águia grande e poderosa lhe havia dado protecção e comida e que em troca ela lhe tinha dado a sua liberdade. Assim sendo não poderia ir… Ali havia tudo o que precisava e de vez em quando a águia vinha e soltava-a da corrente, deixando-a ir por breves momentos… acreditando que ela voltava. Não poderia trair a sua águia… não seria justo.
O pássaro compreendeu e continuou a visitá-la de olhos tristes, presos na corrente de ouro… mas cheio de amor. E a cigarra passou a ter medo que um dia o pássaro agarrasse na mochila e se fizesse ao caminho sozinho.
E cantaram, e contaram histórias e olharam a lua vezes e vezes sem fim, pedindo às estrelas que nunca nada os separasse… na esperança que um dia a corrente se partisse para sempre!
Aproximou-se para ouvir o seu cantar. Era doce e hipnotizante e o pequeno pássaro deixou-se ficar inebriado. A cigarra parecia feliz, e com um enorme sorriso na cara convidou-o para subir à sua árvore. Passaram o dia juntos. Cantaram as canções da cigarra, riram das histórias e aventuras do passarinho e tornaram-se muito cúmplices. Tão cúmplices que a cigarra cuidou da asinha ferida do pássaro, com o seu jeitinho muito especial.
À noite quando a lua apareceu redonda e cheia no céu beijaram-se, contaram estrelas, abraçaram-se para suportar o frio da escuridão nocturna e fizeram promessas de amor.
Na manhã seguinte pareciam duas criaturas saídas de uma história de encantar. Ambos pareciam cobertos por um manto mágico e intransponível… a natureza havia-os brindado com o mais belo de si: o amor!
O pássaro azul e branco passou a visitar a cigarra todos os dias. E ela abria as asas de par em par para o receber. Ele levava-lhe presentes que pedia com jeitinho à floresta: pinhas, flores, raízes… e outras delicias mais. A cigarra sentia-se feliz. O pássaro também. E a sua asa ficava melhor a cada hora que passava.
Um dia, num desses dias de imensa felicidade, o pássaro chegou à árvore da cigarra. Levava consigo uma mochila preparada para uma grande viagem… tinha tudo pronto. Tinha planos. Queria levar a cigarra a conhecer outras florestas. A cigarra ouviu o desafio e sorriu, mas em seguida chorou… não podia ir… tinha atada à perna uma corrente fininha de ouro, que a prendia aquela árvore e que a impedia de sair dali.
O pássaro ao ver aquilo vacilou, mas recompondo-se mostrou-se forte o suficiente para partir o atilho dourado. Arranjariam uma solução, ele tinha a certeza.
Mas a cigarra, olhando para a perna presa contou-lhe a sua história. Disse-lhe que numa altura de grande fome e frio, uma águia grande e poderosa lhe havia dado protecção e comida e que em troca ela lhe tinha dado a sua liberdade. Assim sendo não poderia ir… Ali havia tudo o que precisava e de vez em quando a águia vinha e soltava-a da corrente, deixando-a ir por breves momentos… acreditando que ela voltava. Não poderia trair a sua águia… não seria justo.
O pássaro compreendeu e continuou a visitá-la de olhos tristes, presos na corrente de ouro… mas cheio de amor. E a cigarra passou a ter medo que um dia o pássaro agarrasse na mochila e se fizesse ao caminho sozinho.
E cantaram, e contaram histórias e olharam a lua vezes e vezes sem fim, pedindo às estrelas que nunca nada os separasse… na esperança que um dia a corrente se partisse para sempre!
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