terça-feira, 27 de novembro de 2007

nada de ninguém

Apelidamos tudo de "nosso". É a minha casa, são os meus livros, é a minha mãe, é o meu pai, é o meu gato, é a minha água, é a minha... é o meu, são meus, são minhas, são e são e são Meus! Minhas! Mas na verdade nada é nosso, a não ser a nossa alma e o nosso corpo. O resto só é nosso enquanto quer, enquanto se sente cuidado e protegido em nossa companhia e nossas mãos...

Há poucos dias tive a prova mais real do que agora digo... entrei num espaço outrora meu, nosso, e que há muito nem eu nem ninguém visitava, por desleixo, e descobri que a sala antigamente armazém das nossas coisas, estava violada e nua! Tinha mudado para as mãos do mundo...

Alguém que percebeu a falta de cuidado para com aquele espaço, desventrou-o e deixou-o aparentemente de ninguém! Libertou-o do estado de abandono disfarçado e transformou-o num tecto sem dono, sem nada... mas livre! Só é meu aquilo que cuido, que amo e preservo como se de mim fizesse parte...

O sentido de humor é uma virtude!
Se estes dois novos personagens dos Simpsons se parecerem com dois vossos conhecidos é pura coincidência.

No site http://www.simpsonsmovie.com/ podem preparar a vossa versão "Simpsiana" e enviar o vosso Currículo Artístico para a próxima produção.

Boa sorte, eu já estou quase lá!!! "Simpsonwood" aí vou eu!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

alma Grande


"Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..."

Fernando Pessoa

domingo, 24 de junho de 2007

Teatro, oh coisa linda de se viver

"O actor deve trabalhar a vida inteira, cultivar seu espírito, treinar sistematicamente os seus dons, desenvolver seu carácter; jamais deverá desesperar e nunca renunciar a este objectivo primordial: amar a sua arte com todas as forças e amá-la sem egoísmo."

Constantin Stanislavski

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Livros para que vos quero...





:-) aqui está um site interessante, onde podem comprar e vender livros. Bem, mas os melhores são os livros do Tá... imaginem só a "finesse", são em francês!!! he, he. Se gostam de ler na lingua de Moliére não esperem mais e encham o vosso cesto de compras on line!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

casas várias, uma só

"Amar é mudar a alma de casa"
de Mário Quintana, poeta brasileiro, apelidado do poeta das coisas simples.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

terça-feira, 29 de maio de 2007

Marafem-se!


Mais um Marafado se aproxima...
Dia 9 de Junho.
Cliquem sobre a imagem e vejam o programa ao pormenor.
Há workshops, bailaricos e mais...
Podemos bailar ao som dos Uxukalhus e aprender Danças em Círculo, Danças Portuguesas e muito mais!
O custo de participação é de 10 marafados com oficinas e baile marafado, e 4 marafados para quem quiser assistir e juntar-se ao baile na associação de músicos, Faro - já sabem, no grande Armindo:-)

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Ah! Querem uma Luz

Ah! querem uma luz melhor que a do Sol! Querem prados mais verdes do que estes! Querem flores mais belas do que estas que vejo! A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me. Mas, se acaso me descontentam, O que quero é um sol mais sol que o Sol, O que quero é prados mais prados que estes prados, O que quero é flores mais estas flores que estas flores — Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
"A alegria só pode brotar entre duas pessoas que se sentem iguais" – Balzac

terça-feira, 22 de maio de 2007

uma dica Obscena


Conheci a Obscena através de uns amigos... gostei. Por essa razão gostaria de partilhá-la com algum curioso que passe por aqui, num salto entre telhados.

A revista é mensal, a distribuição é eletrónica e gratuita.

http://www.revistaobscena.com/

segunda-feira, 21 de maio de 2007




Ui... esta manhã acordei, espreguicei-me como de costume e qual não foi o meu espanto, quando ao olhar o espelho percebi que as minhas "queridas" alergias de Primavera estavam no seu auge!

Agora para além de nariz a pingar e comichão na garganta, tenho os olhos inchados, snifffff!

Amiguinhos, estou ansiosa pelo Verão!!! Pois, eu sei que parece mau querer ver as florzinhas todas secas e as searas castanhas, mas o que pedir senão isso, quando a Primavera nos prega partidas?? he, he...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Bailes Marafados em Faro


Ora bem para quem gosta de dançar aqui está uma iniciativa fantástica. Já ouviram falar no Andanças? Um Festival de Danças do Mundo que decorre todos os anos no Verão lá para os lados do Norte?
Pois bem Faro tem agora a sua versão do acontecimento: Os Bailes Marafados.
Datas: 12 de Maio / 9 de Junho /14 de Julho
Local: Jardim da Alameda Faro e à noite no bar os Artistas.
Vamos dançar não faltem!!

sexta-feira, 6 de abril de 2007

"à música" que há em Nós

É noite. Caiu a noite. Nem dei por ela! De repente vejo-me a correr por entre as ruas de uma cidade que não conheço, esbaforido, ansioso, perdido. Entro numa qualquer viela, sem saber onde vai dar e se nela me vou encontrar. Bato com as mãos num muro pintado de branco já sujo e paro. Percebo que algo me deteve, impedindo a minha enorme vontade de continuar. Porquê? Não sei. Sei que parei diante do nada, do escuro da noite, do branco desbotado.
Onde estou? Que beco é este, quem aqui mora? Volto para trás? Espero? Vivo? Morro e renasço? Rio? Choro? Grito, peço ajuda? Desmaio, finjo, bato, esperneio, deito fora a língua? Não.
Acalmo. Respiro. Tranquilizo a minha alma e pergunto-lhe de forma directa e segura o que faço ali. Ela sorri, morde os lábios e sensualmente sussurra-me ao ouvido palavras que me parecem ocas de sentido.
Olho em redor. Fisgo os olhos em cada detalhe e afinal percebo que ela, a minha alma, me tramou. Trouxe-me a um sítio conhecido, mas que eu havia esquecido durante horas a fio… sim porque a alma não mede o tempo como nós. Para ela, não existem anos, décadas e séculos… Afinal sou eu, num lugar comum a mim mesmo. Pronto a retomar do ponto em que desisti, em que arquivei, pensando que noutro beco estava a saída. Dá-me vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Estou emocionado! Feliz! Sinto-me novo! Cai-me a pele devagar… toco o meu corpo… está nu, sem nada! Sem nada, sem nada! Sou vestido de Eu, de Mim, de Eu, no seu todo! Já me caiu a máscara que nem sequer pus, estou pronto para a viagem!
E o beco… já não o é.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Livros em francês: 2ª mão

Amigos, para quem gosta de ler em francês esta é uma boa oportunidade para comprarem livros em 2ª mão, a um preço super acessível. Em breve irei colocar aqui uma lista com as obras e os seus preços.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

seara Viva

Eu… eu digo que sim em voz alta. Que sim à beleza de uma manhã de primavera, odorífica e plena de prazeres que aguçam a mente.
Que sim aos sobreiros frondosos, num campo de searas verdes que cobrem a planície da terra amada.
Que sim ao café mastigado com cereais aromáticos, que ferve encostado ao madeiro ardendo lentamente à lareira.
Que sim ao queijo fresco regado com pedrinhas de sal e pimenta, colocado no centro da mesa ao lado do pão de trigo quentinho.
Que sim ao sorriso da mãe, enquanto prepara o meu prato favorito com desmesurada entrega… à qual tento retribuir.
Que sim ao meu pai, ao meu pai, ao meu pai… que me olha lá de cima prometendo cuidar-me para todo o sempre.
Que sim à minha vida! Que sim!

elis regina: hino ao Amor

Aí meu bem amado
Quero fazer de um juramento uma canção
eu prometo por toda a minha vida
ser somente tua e amar-te como nunca ninguém jamais amou...ninguém
Oh, meu bem amado, estrela pura aparecida eu te amo e te dou o meu amor, o meu amor...
maior que tudo quanto existe...

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Que saudades tenho tuas Pinho:-)















Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.



quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Estranhos

Os corpos rodopiam no salão ao som de uma música desajeitada. Eu sentada numa cadeira de plástico, fria e suja cravo-lhes os olhos vazios de inocência. Não lhes quero mal, nem me alicia julgá-los, mas não faço parte do seu mundo, não hoje!
Hoje estou envolta em trapos de outra galáxia e trago entranhados na pele pós de sítios longínquos.
Bate-me um empurrão, não oiço desculpa, e encolho-me para evitar outro. Não estivesses aí sentada! – Leio na expressão do desgraçado, fazendo de conta que nada foi.

Busca

Nas ruas corre um murmúrio, silenciam-se as palavras quando passo, porque as engulo num sorvo só.
Os homens vestem os casacos e abrigam as mulheres em seus braços e tudo se cala...como se eu, que mastigo vento, não pudesse escutar o segredo.
Já ontem foi assim, mas porque sou persistente, voltei embriagada de esperança, vestida de ilusórias ilusões.
Eles...elas...sorriem. Observam, deduzem e escondem. Eu passo, com leves passadas, pisando devagar a terra quente, que me faz fervilhar os pés descalços... Eles...elas estão calçados, têm solas de borracha sustendo-lhes o corpo.
Resolvo sentar-me no centro do seu círculo mal formado e faço esforços para ouvir as suas ténues vozes...
Amanhã, respondem-me...amanhã, hoje a fadiga é muita, fica para amanhã.